sábado, 22 de junho de 2013

Confissão

Tenha para si,
como um segredo sussurrado ao
pé do ouvido,
esta confissão que lhe faço:
Eu te amo.

Não sairá notícia,
não haverá muros pichados
e nem declarações públicas.

Hoje, nenhuma só canção
falará de amor em sua melodia.

Não há juras ou pedidos.
Que esta verdade circule
dos teus ouvidos e pelo teu corpo,
para lembrar-te que és lembrada

e que és amada.
O mundo todo em festa
e será que só eu é que não sou do mundo?
Quantas revoluções se fazem em meu peito,
de ruas desertas e praças vazias.

O mundo todo está em festa
e eu, alheio, um transeunte neste mundo
que não é meu.

Sigo a marcha de outra vida,
a constante despedida que o tempo
me concedeu.

O mundo todo está em festa
mas esta festa não está no mundo,
pois que o mundo todo sou eu.